sexta-feira, 20 de junho de 2008

Até o Kenzo tá passado com o preço absurdo das suas roupas no Brasil!!!!!


Foi o que me garantiu a sua intéprete e assessora, que acompanha o estilista durante sua estada no Brasil. Apesar de gostar de quase tudo aqui, da miscigenação, da riqueza cultural e arquitetônica de cidades como São Paulo e Parati, diz que ele não consegue entender o preço astronômico de suas peças no Brasil.
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Mas também, não é pra menos. Quem vai conseguir explicar pra ele os impostos e juros altíssimos que só existem no nosso país?? Afff!!!!!!!!!
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Ontem pela manhã, durante o brunch de apresentação da sua linha de porcelanas na Grifes & Design, o mestre japonês de indefectíveis 69 anos, não falou sobre moda. Elegante, jovial e minimalista, vestido com um jeans skinny escuro, blazer bem cortado,camisa branca e botas de bico fino nos pés, preferiu responder apenas sobre as peças decorativas e funcionais lançadas em parceria com a Royal Limoges. O pequeno grupo de jornalistas presentes se manteve atento.
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O encontro de duas supermarcas do mercado do luxo resultou numa coleção pequena mas que irá crescer com a entrada de outras peças como chaleiras e peças para chá. No momento, a linha de porcelanas inclui pratos, sousplats, taças.
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Em visita anterior à loja da Gabriel Monteiro da Silva, garimpando peças pra produção de fotos, já havia me deparado com um belíssimo jogo de chá com a assinatura do estilista. Em tons de púrpura misturada ao branco e com estampas florais, quase abstratas, ton sur ton e ainda com azul esmaecido. Bem bacana mesmo; acabei fotografando pra Revista da Folha.
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Diferentemente de suas estampas arrojadas e de colorido singelo ou marcante, desta vez Kenzo optou por trabalhar apenas o preto, o dourado e o branco. Também deixou de lado os florais.Foi buscar inspiração nas cerejeiras japonesas.
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O resultado é comme il fault: chique, despretencioso, exclusivo – superexclusivo. No Brasil, só a Grifes&Design, de Lionel Sasson, pode representar e vender a linha.

Ao lado, detalhe do conjunto que leva a assinatura do mestre japonês: luxo inspirado nas cerejeiras e destaque para o clássico trio preto, branco e dourado



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Ao final da apresentação, breve e sem cerimônias, Kenzo respondeu algumas perguntas e depois nos revezamos nas entrevistas curtas e exclusivas. Ele fala pouco inglês. Algumas questões mais polêmicas, a intérprete garantiu que ele prefere responder em japonês. Mas o francês limitou nossa conversa.
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De qualquer forma, sempre é proveitoso conhecer ao vivo alguém que escreveu boa parte da história da moda.
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Sem dúvida, a escola japonesa/oriental deve muito a Kenzo. Fashionistas também - jamais podem deixar de render homenagens a ele. Os 80, aliás, que revisitamos com freqüência, não seriam os mesmos sem Kenzo, Comme des Garçons e Yamamoto.
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Sendo assim, não pude me conter. Dei adeus as convenções e fiz o pedido. “May we take a picture with you?”. Brega, tietice mas com uma foto ao lado do mestre. Feito isso, a fila se formou em segundos. E assim como o príncipe Narohito, Kenzo também quebrou o cerimonial e, com sorriso no rosto, gentilmente posou para a quase infindável sessão de fotos. Saímos todos contentes.

No brunch de boas-vindas, Lionel Sasson, Kenzo e seu assistente, Thierry Gaumard, celebram a nova linha de porcelanas em parceria com a Royal Limoges,à venda no Brasil apenas na Grifes & Design

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1 Comentários:

Blogger Marta De Divitiis disse...

No lounge das Havaianas, no SPFW (senti sua falta Joni!)ele fez havaianas pretas com tiras douradas e brancas também com tiras douradas. Ficaram chiquérrimas! os pins, se não me engano, eram ideogramas japoneses que significavam paz e felicidade, ou amor e paz, algo assim bem zen...

7 de julho de 2008 às 09:46  

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