quinta-feira, 3 de abril de 2008

Talvez você ainda não saiba, mas o México é o Brasil com autoestima. Vai dar certo!!!!



Passei alguns dias sem atualizar este blog, mas o motivo vai ser explicado aos poucos.
Antes disso, duas coisas que vocês precisam saber sobre mim: 1) meu nome é mesmo Joni Anderson; e 2) tenho sobrenomes de ascendência espanhola (acho) mas que bem podem ser mexicanos também. Dito isso, vamos adiante.
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A pesar de gostar das cores de Frida Kahlo, de marguerita, de Rita Hayworth e Emiliano Zapata, nunca havia planejado viajar para o México.
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Mas não é que surgiu do nada uma oportunidade de atravesar a linha do Equador; joguei tudo para cima, fiz a minha mala (como sempre com mais coisas que deveria) e comecei uma saga que hoje somam exatos sete dias.
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Aliás, se for contar as duas madrugadas na fila do Consulado Mexicano em Sao Paulo para conseguir este bendito visto de entrada, seria bem mais do que uma semana. Mas isso é uma outra história que depois eu conto.
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Aquí estou, fascinado pelas liçoes de vida, de História, pela arquitetura, pelos costumes, pela energia do país e das pessoas…Tudo é incrivelmente fascinante mesmo! Nao fazia a menor idéia do que iria encontrar além do lugar comum.







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Claro, que esta terra quente é também misteriosa, religiosa, mística, guerreira, resistente…Achou parecido com o Brasil? Existem sim pontos de convergência, mas
nesse momento, diria, sem o menor constrangimento, que o México é o Brasil com autoestima. Portanto, tem tudo para dar certo.
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Acho que as vezes, nós brasileiros, confundimos autoestima com sex appeal. Com peitos e bundas e tórax esculturais. Sobrevalorizamos o jeito sexy de ser, a beleza, o corpo e esquecemos do resto...Até o sex appeal brasileiro deveria ser melhor entendido por nós brasileiros. É, em última ou primeira instância, produto da mistura de racas. Mas quem diz que e brasileiro porque é a soma de negro, indio e branco?
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Aqui a pegada é outra. Posso estar viajando, mas a verdade é que os mexicanos têm cara de mexicanos, gostam de ser o que sao e têm orgulho das suas raízes.Sobretudo as indígenas. Um exemplo, dentre muitos que se vê aquí: sábado passado fomos visitar o Museu Nacional de Antropología, localizado numa imensa área verde. Filas e filas montadas, parecia show de rock, mas eram estudantes, famílias e gringos embaixo de um sol escaldante para verem as peças dos diferentes povos que constituem o caldeirao mexicano. Impresionante!!!!!!!
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Ao lado do Brasil e da India, o México (todo mundo sabe) é uma das novas economias emergentes do mundo. E isto fica claro logo no desembarque da viagem de nove horas que saiu de sampa. Estrangeiros das mais diversas procedências fazem fila para entrar no país. Alguns, nao precisam de vistos, mas outros, assim como nós, nao tem como fugir…
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Santa Fe, um dos bairros novos da Cidade do México (DF como se chama aquí), nao para de erguer predios de multinacionais e outros para moradias de seus Ceos, executivos e funcionários. No bairro de Polanco, um dos mais ricos da cidade, grifes internacionais fazem fila na rua Massaryk. Tem grifes com lojas que nem a Oscar Freire, nem o quadrilátero poderoso do Jardins tem.
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Talvez a maioria dos brasileiros pensem no país como sinônimo de praia (Cancún, Acapulco...), tequila, cactus…de poluição e violência. A recíproca é verdadeira. Aquí se conhece e aprecia o Carnaval, as novelas, o Rio de Janeiro e o futebol brasileiros (como sempre, arghhhh!!! Só divulgam e valorizam isso no exterior; aí o resultado é pífio e nao adianta reclamar)
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Claro que uma das maiores cidades do Planeta e que nem se sabe ao certo quantos milhões de pessoas tem - já me disseram 23, também já falaram 28 contando o entorno do DF -, a Cidade do Mexico tem problemas. O homem mais rico do mundo atualmente é mexicano. Por outro lado, nosso guia e motorista, Giovanni Martinez, garantiu que segundo dados governamentais, 40 por cento da populacão mexicana vive na pobreza.
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Óbvio, que o press tour nos apresentou o primeiro ponto de vista, com impressionantes hotéis boutiques, hotéis 5 estrelas, museus concorridos, cidades interioranas que se autosustentam com o turismo…A pobreza e a miseria passaram longe. Mas elas existes, e , assim como no Brasil, criam uma tensao permanente.

Fui alertado a ter cuidado ao tomar taxi. Já houve caso de turistas que sofreram secuestros relampagos aquí. Jornais sensacionalistas expoe corpos queimados, cadáveres espancados, torturados, violados…no pior do estilo mundo cao. E natural. E por ai vai

Voltando ao assunto: apesar da influência espanhola, os mexicanos gostam, exaltam e preservam suas raízes indígenas. Aztecas, Toltecas, Mayas e tantos outros povos que habitavam o pais deixaram uma heranca milenar e poderosa. Impregnou=se da genetica à arquitetura, da historia ao estilo de vida…Antes dos europeus chegarem aquí existiam mais de cem grupos étnicos distribuídos pelo país.
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O guia que nos levou para visitar Zócalo, no centro do DF, nos disse que o México
Sempre despertou o interesse dos exploradores. Primeiro foram os espanhóis; depois vieram os franceses e por último os norte-americanos, que inclusive conseguiram “comprar” à prestaçao parte do território mexicano onde hoje estao os estados da California, Novo Mexico, e Texas. Pode?
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O fato e que o Mexico mais uma vez esta no olho do furacao. E nesta hora, autoestima elevada, acredite, faz muuuuuuuuuiiita diferença.

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2 Comentários:

Blogger Marta De Divitiis disse...

Adorei essa série sobre o México, vc escreve tão bem que parece que estou ao seu lado... Cultura super interessante essa hein? Adorei a história dos xales coloridos no calor... É vaidade mesmo??? AMEI!

17 de abril de 2008 às 17:18  
Blogger Patatita disse...

Olá, Cheguei ao México a tres semanas.. e qdo vi a data do seu post nao acreditei.. 2008, parece q falava de hoje.. tudo ainda está da maneira como vc descreveu..
O que veio fazer no México, só passear?

16 de setembro de 2010 às 19:25  

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