sexta-feira, 14 de março de 2008

Não fazem mais divas black como antigamente. Mas calma, uma está de volta



Então vamos lá, vou contar porque bateu esta onda saudosista que me fez lembrar da magnífica Nina Simone. Começou ontem de madrugada quando conversava com minha amiga Lena no msn.
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A bem da verdade isso começou sete dias antes, no jantar inesquecível na casa dela e do Pozzo, numa desses felizes encontros. Estava tudo maravilhoso: o prossecco, o penne com salmão, as 4 garrafas de vinho que se esvaziaram sem ninguém saber como (rsrsrsrsrs) e o papo que foi entretido e variado até o amanhecer.
E claro que o set list da Lena arrasou, embalando nossas divagações, delírios, sonhos, filosofias e projetos que vão se realizar, tenho fé!!!! Nossos pequenos gossips também não faltaram, porque ninguém é de ferro!
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Tudo certo até que entramos no tema Grace Jones. Lena, assim como eu, é apaixonada por Grace Jones. Paramos nesse assunto por um bom tempo. Lena me contou que tinha uma amiga com um corpo muito parecido com o da artista jamaicana, porém era branca – e “loquíssima”. Ela nem mora mais no Brasil, vive em Nova York agora. Alguns papos adiante, lá pelas tantas tocou Nina Simone. E paramos de novo nesse tema, com mais alguma coisa em comum. Coisas de amigos que não tiravam a noite pra conversar nem se viam há muito tempo.
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Ontem, enquanto conversávamos on line, me deu vontade de descobrir por onde anda Grace Jones e o que ela está fazendo. Para minha surpresa, descobri que ela já gravou álbum novo e ele será lançado...agora, em 2008.
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Sim a negra jamaicana, uma das mais completas artistas multimídia que se tem notícias, ícone dos 80, vai voltar com tudo à música e shows. Ela já é sessentona agora, but who cares? Corpo perfeito (sem nenhum photoshop), voz marcante de contralto, atriz de mão cheia, musa de estilistas, musa gay, musa de Andy Warhol...Essa sim pode dizer que é modelo, manequim e atriz.! E cantora, e perfomer e tuuuuuuuuuuuuuuuudo!!!!

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Primeiro Grace Jones ficou famosa como modelo no circuito Nova York, Paris. Mas, antes disso já havia estudado teatro. Levou tudo isso para o showbizz.
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Embalada pelo New Wave, seu visual andrógino influenciou o power dressing dos anos 80. Nada despretensioso, o look foi estudado meticulosamente pelo fotógrafo e diretor de arte, Jean-Paul Goude. Goude e Jones, aliás se casaram e tem um filho, hoje cantor de um grupo francês. Um dos elementos principais da transformação de Grace Jones foi adotar o corte “caixa”, penteado cortado reto com os fios crespos naturais, que ditou moda entre a comunidade negra e até hoje é referência.


Grace Jones: diva excêntrica, com visual andrógino e corte "caixa" que até hoje é referência para a estética black

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Não faz muito tempo que achei e comprei um dvd clássico da tia Grace. “Vamp”, onde ela interpreta uma rainha-vampira incrível que ataca freqüentadores de uma boate decadente. O filme é dela. O filme é ela. Especialmente nas cenas em que faz performances com o corpo coberto apenas por grafismos brancos, pintados à la Olodum;
Luuuuuxo!!!
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E o que era Grace Jones lutando como uma guerreira ao lado de Arnold Schawrznegger no filme "Conan, o Destruidor". Vc não viu??? Pára!!! Vai lá e assiste. E ela como bondgirl no 007 "A View to a Kill”? Para muitos ela é uma das melhores bondgirls de todos os tempos.




Em 007 "View To a Kill", Grace Jones como uma Bondgirl black e perigosa: só ela poderia dar conta do recado. E, ao lado, em "Conan, o Destruidor", no papel (e corpo) de uma guerreira bárbara


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Ah!!!!!!!! Aproveita e dá uma folheada na Playboy de 1987, com ela posando nua num ensaio caliente com o ator e fisiculturista loiraço, Dolph Lundgren, seu namorado à época!!!!!!!.

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Tem as músicas ainda. A primeira, que me despertou para a voz e o carisma de Grace foi “Amado Mio”, do filme Sangue e Areia, com Rita Hayworth, que ela regravou lindamente em "Buletproof Heart", álbum de 1989. Mas têm tantas, tantas outras. Vale tirar um dia só pra se jogar em tudo que Grace Jones já fez.

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“Victor Should Have Been a Jazz Musician”, uma das músicas que mais gosto, tem uma frase impressionante no começo da canção. Como não acredito em coincidências, aí vai.
“I went to a concert, to see Nina, Simone,
The concert was over, there was still a band playing, the rap
up…”

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Siiiiiiiiiimmmmmmmmmm!!!! A música faz reverência à...Adivinhem? Nina Simone, claaaaaaaaaaaro!!!

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E não dá pra esquecer a sua passagem pelo mundo das artes. Nas mãos de Keith Haring, o corpo, negro e escultural, ganhou símbolos tribais e armaduras de fios. O artista também assina essa obra no videoclipe da música "I´m not Perfect (But I´m Perfect For You)". Também adorada por Andy Warhol, Jones tinha passe livre na lendária danceteria Studio 54, em Nova York.
Rapidamente, a presença forte e o visual marcante foram levados ao seu trabalho de palco. Performances e diferentes personagens incorporam facilmente na musa.



Esboço e performance de Grace para a capa do disco Island Life



Com Dolph Lundgren, contraste sexy na Playboy de 1987



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Bem, o novo álbum, batizado com o sugestivo nome de "Corporate Canibal" terá a participação de Brian Eno e Tricky. Foram 18 anos sem gravar. O último trabalho de Jones está datado de 1989.
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Pode ter ficado longe do showbizz, mas não longe da mídia. Em 2005, a diva deu piti no aeroporto de Heatrow em Londres.Após se negar a desembarcar com os demais passageiros e pegar o bom ônibus até o saguão local, Grace exigiu um carro especial para levá-la à sala executiva. Armou um escândalo que só a polícia deu jeito. Hahahahahahahah

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Noutra ocasião, ela também foi retirada pela polícia do trem Eurostar, que une Paris a Londres, por ofender um fiscal que exigia que ela pagasse mais para viajar na primeira classe. Detalhe: a sua passagem ERA de segunda classe. Hahahahahahah

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Tem mais fofocas: em 1981 o quebra-pau foi ao vivo. O apresentador de talk show, Russel Harty, sentiu o peso da mão de Grace Jones após dar as costas à ela e ignorá-la em uma conversa. Sem pestanejar Grace esbofeteou o apresentador. E bem antes de Janet Jackson sofrer retaliações por ter mostrado um seio na televisão norte-americana, Grace Jones foi banida de todos os domínios da Disney por ter mostrado os dois em um show na Disneylândia. Claaaaaaaaaaaaaaarrrrrrrooooooooo!!!!!!!!!! hahahahahahahaha

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Gente, o que será que a Jamaica tem, hein? Se Naomi Campbell, com 1m77 e corpo de top já é encrenqueira e mete medo, imagina a situação dos policiais tentando acalmar Grace Jones, uma negona de 1m79 e com aquele corpão todo descendo das tamancas? Hahahahahaha Claaaaaaaaaaaaaaaaarooooooo!!!!! Eu quero o cd!!!!

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7 Comentários:

Blogger Marta De Divitiis disse...

Lembrei-me do filme Vamp, o máximo.... Comecei a reparar nela nos anos 80 quando namorava o Dolph (um dos meus lados brega: amo o canastrão; aliás costumo dizer que todos têm seu lado brega, claro para disfarçar a minha breguice)... Acho ela o máximo, chique, moderna, doida, linda...

15 de março de 2008 às 11:54  
Blogger Marina Melz disse...

não conhecia a Grace Jones, mas me obriguei a baixar algumas músicas delas ao ler tamanho entusiasmo!

tá adicionado na lista de amigos do meu blog :)

beeeijo!

15 de março de 2008 às 16:31  
Blogger DeLaRocha disse...

Graaaande, Joni... uma verdadeira aula de Grace Jones... muito bom... Abração!!!

16 de março de 2008 às 22:35  
Blogger simone souza disse...

EEEHH...ARRAZA NA GRACE..ELA TEM UMA PELE LINDAAAAA...AMEI
KERIDO
UM BJSSS

23 de março de 2008 às 15:08  
Blogger Carlos Pozzo disse...

Eu também quero o novo CD da Grace Jones para ouvir até o dia clarear(ou escurecer), comendo salmão, bebendo vinho e conversando assuntos agradáveis com o amigo Joni, mais agradável ainda.
Abração
Carlos Pozzo

24 de março de 2008 às 12:23  
Blogger boas escolhas disse...

Este comentário foi removido pelo autor.

24 de março de 2008 às 15:35  
Blogger boas escolhas disse...

Joni amei saber que esta talentosa cantora, atriz e beleza da raça humana está de volta!
Ela teve um significado muito importante para geração dos anos 80. Tivemos a oportunidade de dançarmos muito nos embalos de Grace Jones que se revelou como um ícone do pop no mundo inteiro. Foi com ela que tive o prazer de escutar e curtir a maravilhosa Édith Piaf em “La Vie En Rose”. Que versão linda, primorosa realizada pela Grace Jones. Uma preciosidade... Uma obra-prima resgatada por uma verdadeira diva. Com sua voz aveludada e forte e ritmos que encantaram o mundo nas pistas de dança ela se tornou imprescindível em nossa discoteca pessoal. Joni, obrigada por você trazer notícias de uma personalidade tão importante como a Grace. Ela é e sempre será inesquecível... que bom que ela voltou!!
Lena Padilha

24 de março de 2008 às 15:38  

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